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Teste por microarray cromossomal para diagnóstico de Perturbações de Neurodesenvolvimento: Atraso de Desenvolvimento, Défice Intelectual e Perturbação do Espectro do Autismo; Malformações Congénitas Não Sindrómicas.
Códigos ICD-10 (International Code of Diseases) para aplicação de procedimentos, efetivo desde 10/1/2014:
De acordo com a Academia Americana de Neurologia, desde Agosto de 2013 o diagnóstico por microarray cromossomal (citogenética molecular), é teste de 1ª linha para as seguintes doenças:
F70-F79 – Deficiência mental:
F70 Deficiência mental ligeira.
F71 Deficiência mental média.
F72 Deficiência mental grave.
F73 Deficiência mental profunda.
F78 Outra deficiência mental.
F79 Deficiência mental não especificada.
F80-F89 – Perturbações do desenvolvimento psicológico:
F80 Perturbações específicas do desenvolvimento da fala e da linguagem.
F82 Perturbação específica do desenvolvimento motor.
F83 Perturbações específicas mistas do desenvolvimento.
F84 Perturbações globais do desenvolvimento.
F88 Outras perturbações do desenvolvimento psicológico.
F89 Perturbação não especificada do desenvolvimento psicológico.
F90-F98 – Perturbações de comportamento e perturbações emocionais específicas da infância ou da adolescência:
F90 Perturbações hipercinéticas.
F91 Perturbações de comportamento.
F98 Outras perturbações emocionais de comportamento com início específico na infância ou na adolescência.
H90-H95 – Outras afeções do ouvido:
H93 Outras afeções do ouvido não classificadas noutra parte.
F99-F99 – Perturbação mental não especificada:
F99 Perturbação mental não especificada noutra parte.
Q80-Q89 – outras malformações congénitas:
Q87 Outras síndromes de malformações congénitas que afetam múltiplos sistemas.
Q89 Outras malformações congénitas não classificadas noutra parte.
Q90-Q99 – Anomalias cromossómicas não classificadas noutra parte:
Q90 Síndrome de Down
Q91 Síndrome de Edwards e síndrome de Patau.
Q92 Outras trissomias e trissomias parciais dos autossomas não classificadas noutra parte.
Q93 Monossomias e delecções dos autossomas não classificadas noutra parte.
Q95 Translocações, inversões cromossómicas e marcadores estruturais não classificados noutra parte.
Q99 Outras anomalias dos cromossomas não classificadas noutra parte.
De acordo com as guidelines do Colégio Americano de Genética e Genómica Médica o uso de análise de microarray cromossomal é teste de 1ª linha:
- Múltiplas Anomalias Congénitas (MCA) não Sindrómicas
- Atraso Global de Desenvolvimento (DD) e Défice Inteletual (DI)
- Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
Manning et al., Gent Med 2010; 12(11):742-745
Miller et al., The American Journal of Human Genetics 2010; 86: 749-764
Indicações clínicas:
- Atraso de desenvolvimento/Défice Intelectual (com ou sem dismorfias)
- Múltiplas Anomalias Congénitas
- Transtorno do Espectro do Autismo/ Transtorno de Desenvolvimento Pervasiva ou Não Especificada (PPD/NOS)
- Epilepsia/Convulsões
- Cardiopatia Congénita
- História familiar de cromossomopatia documentada
- Para caracterizar com maior rigor alterações cromossómicas detetadas por citogenética convencional:
- Cromossomas em forma de anel
- Deleções ou Duplicações
- Translocações não equilibradas
- Rearranjos genómicos aparentemente equilibrados em crianças com dismorfias
Descrição do teste:
O teste é analisado a partir de sangue periférico. É feita a extração do DNA, a amplificação, purificação, marcação e hibridação nos microarrays cromossomais. O resultado da hibridação é digitalizado e a imagem adquirida é processada bioinformaticamente por forma a fazer a sua interpretação.
O microarray cromossomal utilizado no diagnóstico pediátrico consiste numa micro plataforma com 2.6 milhões de marcadores CNV (Copy Number Variants) e inclui 750,000 sondas de SNP (Single Nucleotide Polymorphism).
Relevância Clínica:
- A principal etiologia de MCA, ID e DD é genética por isso o teste InFante, por microarray cromossomal é o mais específico e sensível, obviando o estudo genético por vários testes de citogenética e biologia molecular mais convencionais.
- Incidência de MCA 3%
- Incidência de DI/DD 3%
- Incidência de TEA 1/100
- Os rearranjos genómicos detetados pelo teste InFante são as alterações cromossómicas que mais frequentemente estão associadas a estas perturbações de neurodesenvolvimento e a fenótipos dismórficos.
- A maioria dos casos diagnosticados, clinicamente, não têm história familiar, sendo importante documentar a perturbação/malformação com técnicas de maior resolução genética.
- A identificação precoce da causa genética (da alteração e do local da alteração) permite:
- ao médico, estimar prognóstico e co-morbilidade;
- uma intervenção precoce na gestão e planeamento das necessidades educativas especiais, que é chave na obtenção de bons resultados no neurodesenvolvimento da criança.
- A análise por microarray consegue detetar variações cromossómicas que não estão ao alcance da citogenética convencional (cariótipo): Alterações sub-microscópicas, triplodia, e ausência de heterozigotia (que deteta Dissomia Uniparental e risco aumentado de condições recessivas).
Genética:
- A análise por microarray cromossomal tem cobertura ao nível de todo o genoma, incluindo regiões sub-teloméricas e peri-centroméricas
- A análise por microarray cromossomal deteta >50 síndromes por microdeleção/microduplicação.
- Deteta ausência de heterozigotia por milhares de loci de todo o genoma: permite detetar risco de condições recessivas e consanguinidade.